segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Ó, Minh'alma

Minha percepção das coisas está mais clara. Estou mais ciente do que eu sinto e sou, de fato. Talvez ainda não tenha chegado à uma total compreensão do meu ser, mesmo porque eu acho isso bem difícil, mas a luz está um pouquinho mais acesa, agora.
Nunca fui de aquetar-me, nunca fui de reprimir ou mesmo esconder as coisas, mas certas coisas estão me levando a tomar essas atitudes. E não me sinto mal. O que é o mais importante, afinal. Estou em completa harmonia comigo e minhas idéias, a única coisa que não me é harmônica no momento são as idéias dos outros em relação a mim.
Não sei o que você espera de mim e o que o universo guarda, não sei das tuas expectativas, não sei nem das minhas, quando se trata de você. Maldita alma incompreensível, maldita seja essa inconstância que tanto nos persegue.

Ó, minh'alma. Porque me és tão distante, mas tão presente?

Ensaio sobre a vida!

...Mas era legal fingir, mesmo que só no meu mundo, que eu tinha renascido, que tudo que eu decidisse ser, eu poderia. Se eu quisesse ser Alice no País das Maravilhas, era só fechar os olhos e começar a ver lagartas com narguilé, cogumelos mágicos, coelhos atrasados ou um exército de cartas de baralho.
Para mim, todas as frustrações pelas quais eu já havia passado dependiam unicamente das minhas características (as reais, eu digo). E ser outra 'eu' era como uma chance de fazer a diferença. De poder ter o que eu sonhava e ainda não havia realizado. Parecia que, pra mim, se eu ainda não tinha realizado alguns sonhos sendo eu mesma, era porque eu precisava ser outro alguém pra me encaixar. O que acontece é que ser isso tudo, pra quem não é, é completamente o contrário, é como se anular, sabe? E no meio da pólvora, eu acabava me anulando e me decepcionando com o novo eu e... Mudando novamente!
Eu fiquei ali parada, de frente pro espelho, tentando reconhecer alguém diferente, mas eu não via nada além de mim, o que não era a coisa mais desejada naquele momento.

Oito ponto sete.

A gente conheceu um pouco
Um do outro
E se envolveu num estalo
Mais que um pouco
E foram mudanças, expectativas e planos
Nessas sete páginas passadas
[talvez alguns enganos]


E a gente cresceu e criou esse canto
Em ré, mi, fá, sol
Em cordas finas, talvez enferrujadas
Com notas doces e amargas

E no retrato da gente tem cor
Mais que um negativo guardado no armário
Fotocópia um do outro
Jogo dos sete erros, jogo de sete dias


O teu beijo tem o jeito doce de uma pessoa amável
E o gosto amargo
[de cigarro e incertezas]

Somos o paradoxo que nos basta
Aquela tão bem citada metamorfose ambulante
Que traz a intensidade como característica dominante

E a chuva caindo
Os morangos na parede branca
[no futuro dos meus planos]
E a primeira discussão e sua insegurança tímida
Tudo parece girar numa harmonia aparentemente surreal

O beijo não cabe mais na boca
O sopro acelera o ritmo
[sopro do pulmão e do coração]
É incontestável

Chama no gelo
Ciúme e zelo

Somos o que somos
E realmente se já em ti eu sou
Tu és em mim, então.

Máquina do tempo

de quem são aqueles olhinhos castanhos?
que brilham apontando para o céu?
e o cabelo fininho e bagunçado
do qual a presilha teima cair...

é a composição bela de um pequeno ser
alguém que pensa alto e sabe conjugar os verbos
mas lembra tanto das primeiras palavras erradas que aprendeu
e sabe que o mundo anda feroz
mas projeta seu presente
com a mente voltada um passo atrás

mantém sua mente inocente e viva
por meio de lembranças
busca a pureza dos pensamentos
e às vezes esquece que seus próprios não hão de ser tão puros
de lá pra frente

é a criança crescida que não se olha no espelho
talvez pela lição de que a ignorância te faz mais feliz
mas talvez apenas pela alegria em se fazer assim
ela sabe que se foi
mas não sabe se deixar ir

Helena...

"Você pode ter certeza de apenas uma coisa: 'Eu nunca vou te deixar...' - foi isso que você me disse no momento em que descobrimos que nos amávamos. Cada sorriso que eu dava era sincero e a esperança permanecera em meu coração, até os dias de hoje. Não dá pra acreditar que você não cumpriu sua promessa, não consigo aceitar que você me deixou. Eu só queria ouvir suas verdades, vê-la uma vez mais, para cumprir a minha promessa, que eu nunca te esqueceria... Mas os meses se passam e sua imagem me falha cada vez mais. A pior coisa que passa na minha mente é saber que vou esquecê-la, pois partiu sem me dizer adeus e não voltará! 'Helena, não sei se breve, mas ainda te encontrarei e quando esse dia chegar não vire seu rosto. Me encare com aquele olhar de sempre, pois mesmo que eu tenha esquecido seu rosto, seu olhar vai estar pra sempre na minha memória. E te encontrarei naquele parque, no pôr-do-sol, sentada na grama, mesmo que Deus tenha que espiritualizar minha memória aonde você está agora, me esperando...'

Nossas vidas são feitas de passagens, momentos e lembranças! As lembranças nós podemos escolher, momentos nós podemos aproveitar e as passagens são inevitáveis...

Elogio da Loucura

"Embora os homens costumem ferir a minha reputação e eu saiba muito bem quanto o meu nome soa mal aos ouvidos dos mais tolos, orgulho-me de vos dizer que esta Loucura, sim, esta Loucura que estais vendo é a única capaz de alegrar os deuses e os mortais. (...) Sou filha do prazer e o amor livre presidiu ao meu nascimento."

Erasmo de Rotterdam

domingo, 3 de agosto de 2008

It's raining outside

It's raining outside
I'm crying inside

5 a.m in the dark
You like a cold fish with me
You're sleeping I'm thinking
You're turning your back to me
Here in my bed you're mad away from me
Here in my head you're never close to me

It's raining outside
I'm crying out loud

I run away by foot
Lost in the empty street
You are supposed to follow me
But you are too proud too do it
Here in my bed you're miles away from me
Here in my head you're never close to me
Come on... don't be mad I told you I need you
Come on... don't be sad I'm still in love with you

It's my fault, I'm sorry
Let me happy this fight
I apologize, would you hug me tonight?
Here in my bed you're miles away from me
Here in my head you're never close to me
Come on, don't be mad, I told you I need you
Come on, don't be sad, I'm still in love with you