segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Oito ponto sete.

A gente conheceu um pouco
Um do outro
E se envolveu num estalo
Mais que um pouco
E foram mudanças, expectativas e planos
Nessas sete páginas passadas
[talvez alguns enganos]


E a gente cresceu e criou esse canto
Em ré, mi, fá, sol
Em cordas finas, talvez enferrujadas
Com notas doces e amargas

E no retrato da gente tem cor
Mais que um negativo guardado no armário
Fotocópia um do outro
Jogo dos sete erros, jogo de sete dias


O teu beijo tem o jeito doce de uma pessoa amável
E o gosto amargo
[de cigarro e incertezas]

Somos o paradoxo que nos basta
Aquela tão bem citada metamorfose ambulante
Que traz a intensidade como característica dominante

E a chuva caindo
Os morangos na parede branca
[no futuro dos meus planos]
E a primeira discussão e sua insegurança tímida
Tudo parece girar numa harmonia aparentemente surreal

O beijo não cabe mais na boca
O sopro acelera o ritmo
[sopro do pulmão e do coração]
É incontestável

Chama no gelo
Ciúme e zelo

Somos o que somos
E realmente se já em ti eu sou
Tu és em mim, então.

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